terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Para o próximo ano...


Damien Rice

"The Blower's Daughter"

quero mais músicas como esta. Lindo!

Preciso de energia


Figueira da Foz

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

E porque o Natal também tem destas coisas...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Música de Natal



The Killers
"Human"

"...Feche os olhos, limpe o seu coração ... "

Natal, onde?

Esta época, que teimam em chamar época natalícia, a mim nada me diz, ou diz-me muito pouco.
Esta correria louca às lojas(agora nem tanto), as prendas, as mensagens, o stress, o dar, o receber e o não dar e o não receber nada...
Onde está o espírito do Natal?
O verdadeiro espírito do Natal, esse já se foi há muito!
Ou talvez, para mim, nunca tenha existido...

Talvez um dia, possa descobrir o meu Natal, que certamente não é este!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Cenário


Uma festa linda... pelos participantes, claro!

Porque ontem foi sexta










Acordei.
Teus braços cobriam os meus
numa esperança louca de não deixar a noite terminar.
Olhei-te e descobri
o silêncio dos nossos corpos são a beleza deixada para o amanhã.
Talvez haja amanhã,
e o caminho que se obriga à despedida
não possa ser mais que o gesto do respirar.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

OneRepublic

"Stop and Stare"

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Amigo ou Inimigo?



simplicidade

"A simplicidade é a consequência natural da elevação dos sentimentos"

Alembert, Jean

Foi um momento

Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não?

Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido,
Mas tão de leve!...

Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há uma coisa
Incompreendida...

Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço?

Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.

Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.

Fernando Pessoa

Preciso de um sorriso...

"É necessário muito pouco para provocar um sorriso e basta um sorriso para tudo se tornar possível"

Cesbron, Gilbert


("muito pouco", assim parece...)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos,
se não fora a mágica presença das estrelas!

Mário Quintana

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Azevinho

"É preciso viver como se pensa, caso contrário se acabará por pensar como se tem vivido"

Bouget, P.


"Arriscamo-nos a perder quando queremos ganhar demais"

La Fontaine, Jean de

domingo, 23 de novembro de 2008



James Blunt

"Carry you home"
(Óbidos 2008)

A pintura é cada vez menos pintura, mas sim poesia.

Seixas , Artur

terça-feira, 18 de novembro de 2008


recordação

"A recordação é o perfume da alma. É a parte mais delicada e mais suave do coração, que se desprende para abraçar outro coração e segui-lo por toda a parte"

Sand, George

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Movimento


"...beleza de um lugar a que não pertenço!"

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Cansada

Tenho a minha pele cansada
Meu olhar mortiço, sem brilho, sem sono
A voz que me chega, não me diz nada
As mãos tenho-as deixado ao abandono…

A dor que sinto não sei explicar
É um todo, um vazio a pairar
Sem rumo, sem lugar, sem imagem
É um profundo desalinho, uma miragem.

Ouço-te, talvez, de vez em quando
Quando parto a procurar-te
Mas o silêncio é tão grande em toda a parte
Que meu querer vai- se apagando.

Sonhar-te seria verdadeira?! Sonhei-te, oh vida inteira!
Tão real que te tinha por minha
Agora não te vejo, caminho, não te reconheço fronteira...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Lágrimas Ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida ...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago ...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim ...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Anjos

Whitin Temptation

Angels

sábado, 25 de outubro de 2008

Os amantes


Fotografia: Figueira da Foz

Um final de tarde diferente...

Também em GlamourSilencioso

domingo, 19 de outubro de 2008

vozes



Katie Melua
The closest thing to crazy

sábado, 18 de outubro de 2008

ponte

(fotografia: AP)

reciprocidade

qualidade do que é recíproco, mutualidade

Dança comigo?


A dança, a sensualidade dos corpos, Merengue

Quem diria...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Só?...


Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,

que rio e danço e invento exclamações alegres,

porque a ausência, essa ausência assimilada,

ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade

domingo, 5 de outubro de 2008

Adivinha quanto eu gosto de ti


- Gosto de ti até à LUA
- E eu gosto de ti até à Lua... e de volta até cá abaixo.

Uma bonita história

Adivinha o quanto gosto de ti

André Sardet

Gosto de ti desde aqui até à lua,

Gosto de ti desde a lua até aqui.

Uma bonita música

sábado, 4 de outubro de 2008

Sou um evadido.

Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.

Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?

Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.

Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.


Fernando Pessoa

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Fall for you



Secondhand Serenade

flores para quem merece




Estas escolhidas por aquele cheirinho tão especial!
Tu sabes...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Horário do fim

morre-se nada
quando chega a vez

é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos

morre-se de tudo
quando não é o justo momento

e não é nunca
esse momento

Mia Couto (Fevereiro 1984)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ainda que palavras houvessem, nada diriam
Daquilo que fui, daquilo que sou, do que nunca serei...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

E porque o Outono já chegou...

(Fotografia Ana M.)

Ser, parecer

Entre o desejo de ser
e o receio de parecer
o tormento da hora cindida

Na desordem do sangue
a aventura de sermos nós
retitui-nos ao ser
que fazemos de conta que somos

Mia Couto
(in Raiz de Orvalho)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Difícil escolha

http://www.youtube.com/watch?v=d08X2lN669k

You walked with me, footprints in the sand
And helped me understand where I'm going
You walked with me when I was all alone
With so much I know along the way
Then I heard you say

I promise you, I'm always there
When your heart is filled with sorrow and despair
I'll carry you when you need a friend
You'll find my footprints in the sand

I see my life flash across the sky
So many times have I been so afraid
And just when I have thought I've lost my way
You give me strength to carry on
That's when I heard you say

I promise you, I'm always there
When your heart is filled with sorrow and despair
And I'll carry you when you need a friend
You'll find my footprints in the sand

When I'm weary, well, I know you'll be there
And I can feel you when you say

I promise you, I'm always there
When your heart is filled with sadness and despair
I'll carry you when you need a friend
You'll find my footprints in the sand

I promise you, I'm always there
When your heart is full of sadness and despair
I'll carry you when you need a friend
You'll find my footprints in the sand

(Footprints In The Sand)

Leona Lewis

domingo, 7 de setembro de 2008

De regresso...


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Fernando Pessoa

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Frase da Semana

" Se não podes ser o que és, sê com sinceridade o que podes "

Ibsen

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sempre Mariza...


"Rosa Branca" do album terra

Continua a surpreender-me!

sábado, 30 de agosto de 2008

Viii!...Parabéns!

Pequeninos pedacinhos...
(26/08/2008)


Rendo-me!
À alegria, ao sorriso, à boa disposição.

E já agora ao bolo de chocolate...

Tu és linda!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"Nunca vá pelo caminho traçado, pois ele apenas conduz até onde os outros já foram"

Alexandre Graham Bell

"Meet the Robinsons"



Rob Thomas

"Little Wonders"

terça-feira, 19 de agosto de 2008

"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação."

Madre Teresa de Calcutá

domingo, 27 de julho de 2008

Procura a maravilha













Procura a maravilha.

Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.

No brilho redondo
e jovem dos joelhos.

Na noite inclinada
de melancolia.

Procura.

Procura a maravilha.

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 24 de julho de 2008













Lambendo as feridas do desencontro
Quando tudo se solta e me abraça
A ternura que tinha na desgraça
Foi caminho seguro no meu encontro.

Foi sofrendo que descobri
Foi quebrando que me ergui.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O prometido...




Igualmente lindas!

Orquídeas de um jardim...o nosso!


No seu habitat...

Frase do Dia

"O primeiro passo para a mudança é a aceitação. Uma vez que você aceite a si mesmo, você abre a porta para a mudança. Isso é tudo o que você tem que fazer. Mudança não é algo que você faz, é algo que você permite."

Will Garcia

quarta-feira, 16 de julho de 2008


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Fernando Pessoa

terça-feira, 15 de julho de 2008

Nesta vida o que mudou?!...


(Fotofrafias cedidas por A.P.)

"Abre as asas e vai..."

Quebro o silêncio

Quebro o silêncio, esse esquecido
Da vida que gira, não passa do nada
Julgo que o sinto, amor proibido
De onde vem, não sei, não serve de nada!

A vida que tinha essa já passou
O amor que sinto, nunca o senti
O passado, o presente acabou
E o vento não é o mesmo que soprou!...

Por isso, para quê saber o dia
Esse dia, que de longe já o perdi
Pois não entendo este sentimento de agonia…

Não esqueço, nada pedi, nada queria
Mas porquê não sinto alegria
Neste mundo de magia, nesta vida o que mudou?!...

Asa Livre



Pólo Norte

Como um pássaro que vai
Quando uma porta se abre
Não olhes para trás e vai depressa

Como a noite quando cai
Abraçando a cidade
Deixa simplesmente que aconteça

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas, eu fico bem

Como um barco que se afasta
De uma das margens do rio
Não há um só lado na vida

Quando um beijo já basta
Corpo quente em corpo frio
Deixa que aconteça a despedida

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas, eu fico bem

E que a despedida
Seja só o recomeço
Livre asa solta
Voa alto, eu não te esqueço

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas, eu fico bem

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Quando estou só reconheço

Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.

E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.

Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Maré baixa

Anémona- do- mar

Lesma- do- mar

Sei o que sei

Sei o que sei, nada mais acrescento,
Meu dilema é o mundo, a vida é tudo um lamento
E cada vez que olho para mim
Cada vez menos me reconheço
Nesta vida sem apreço

Este mundo, num turbilhão…
Esta confusão…

Agarro a mão não sei de quem,
Quem partilha este meu sentir
Que longe ouço risos de festejos
Será daqui, ou doutro mundo que os vejo…

Não me quero considerar mais só sem nada
Mas a triste e saudosa madrugada
Vai e volta sem valor, sem pudor,
Bem guardada…

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Switchfoot- "This is home"



A pedido de uma pessoa muito especial...

domingo, 6 de julho de 2008

Frase da Semana

"Assim que você confiar em si mesmo, você saberá como viver."

Johan Wolfgang Von Goethe

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Lágrimas Ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!


Florbela Espanca

terça-feira, 1 de julho de 2008

Now we are free - Lisa Gerrard



Quem se consegue esquecer?!...

Já não me importo

Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.

Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei

Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,

Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,

Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.

E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.

Fernando Pessoa

sexta-feira, 27 de junho de 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Gozo e Dor

Se estou contente, querida,
Com esta imensa ternura
De que me enche o teu amor?
- Não. Ai não; falta-me a vida;
Sucumbe-me a alma à ventura:
O excesso do gozo é dor.

Dói-me alma, sim; e a tristeza

Vaga, inerte e sem motivo,
No coração me poisou.
Absorto em tua beleza,
Não sei se morro ou se vivo,
Porque a vida me parou.

É que não há ser bastante

Para este gozar sem fim
Que me inunda o coração.
Tremo dele, e delirante
Sinto que se exaure em mim
Ou a vida - ou a razão.

Almeida Garrett

Diferentes vidas


Existem os que se agarram para viver, outros se os prendem morrem...

O respeito por estas vivências, tão diferentes, é uma virtude...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Frase da Semana

"Sem trabalho, toda vida apodrece. Mas, sob um trabalho sem alma a vida sufoca e morre."

Albert Camus

terça-feira, 24 de junho de 2008

Tudo o que faço ou medito

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúdica e rica,
E eu sou um mar de sargaço

Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.

Fernando Pessoa

The story

www.youtube.com/watch?v=xq-ZmAYLeB8

Brandie Carlile

sexta-feira, 20 de junho de 2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Olhar cinzento

Olhar cinzento, adormecido
Poderoso, apaixonado e sofrido
Que em busca da felicidade
Foge da tristeza esquece a idade

Mas em olhares parados, esquecidos
Busca o silêncio, os lugares antes percorridos
E fica só! Só, nesta cidade fingida
Por entre olhares coloridos sem vida.

Mas este olhar que não me liberta
Ausente, presente, está alerta
E diante de ti se reduz
Não a um simples olhar, mas um raio de luz!

Pois o teu olhar mais poderoso
Negro de paixão, insistente e vaidoso
Por momentos consegue transformar
Este olhar cinzento, num calmo azul de mar!...

terça-feira, 17 de junho de 2008

A moment like this



Kelly Clarkson

Acordei...
Esta música não me saía da cabeça.
A sensação que tenho é que a estive a ouvir a noite toda,vezes e vezes sem conta.
Aqui fica, talvez seja este o seu destino.

Quebra o coração e avança

Quebra o coração e avança, não tenhas medo e confia
O jogo já começou e o tempo não se estende
Leva o sonho até final, sente a paixão arder
Descobre o rosto que te leva ao profundo gozo do prazer.

Não temas a vaidade da sedução
O gosto pela luz da decisão
O não saber quem encontrar depois,
Abre o caminho e não temas os demais...

A dor que sinto não sei explicar
A saudade que me esconde a razão de viver
A tristeza que invade o coração magoado
Na vida meu soluçar cansado...

E porquê se não sei recordar
O amor que já senti no viver
Quando o gosto de avançar já não o entendo
Respondo a mim mesma sem saber, quero viver, sem viver, não sei eu quando!...

Sossega, coração!


Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Fernando Pessoa

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Still Fighting It

www.youtube.com/watch?v=mRlgq59dsFQ

Ben Folds

Queria mesmo colocar/partilhar esta música, o quanto a procurei!...
Quando vi o vídeo, simplesmente... excepcional!
Vale mesmo a pena ver, ou só ouvir...

domingo, 15 de junho de 2008

Campo da cidade...


Frase da Semana

"O primeiro passo indispensável para conseguir as coisas que você quer da vida é este: decida o que você quer."
Ben Stein

sábado, 14 de junho de 2008

Santo António, lembrado...



O PASSEIO DE SANTO ANTÓNIO

Saíra Santo António do convento,
A dar o seu passeio costumado
E a decorar, num tom rezado e lento,
Um cândido sermão sobre o pecado.

Andando, andando sempre, repetia
O divino sermão piedoso e brando,
E nem notou que a tarde esmorecia,
Que vinha a noite plácida baixando…

E andando, andando, viu-se num outeiro,
Com árvores e casas espalhadas,
Que ficava distante do mosteiro
Uma légua das fartas, das puxadas.

Surpreendido por se ver tão longe,
E fraco por haver andado tanto,
Sentou-se a descansar o bom do monge,
Com a resignação de quem é santo…

O luar, um luar claríssimo nasceu.
Num raio dessa linda claridade,
O Menino Jesus baixou do céu,
Pôs-se a brincar com o capuz do frade.

Perto, uma bica de água murmurante
Juntava o seu murmúrio ao dos pinhais.
Os rouxinóis ouviam-se distante.
O luar, mais alto, iluminava mais.

De braço dado, para a fonte, vinha
Um par de noivos todo satisfeito.
Ela trazia ao ombro a cantarinha,
Ele trazia… o coração no peito.

Sem suspeitarem de que alguém os visse,
Trocaram beijos ao luar tranquilo.
O Menino, porém, ouviu e disse:
- Ó Frei António, o que foi aquilo?…

O Santo, erguendo a manga de burel
Para tapar o noivo e a namorada,
Mentiu numa voz doce como o mel:
- Não sei o que fosse. Eu cá não ouvi nada…

Uma risada límpida, sonora,
Vibrou em notas de oiro no caminho.
- Ouviste, Frei António? Ouviste agora?
- Ouvi, Senhor, ouvi. É um passarinho.

- Tu não estás com a cabeça boa…
Um passarinho a cantar assim!…
E o pobre Santo António de Lisboa
Calou-se embaraçado, mas por fim,

Corado como as vestes dos cardeais,
Achou esta saída redentora:
- Se o Menino Jesus pergunta mais,
Queixo-me à sua mãe, Nossa Senhora!

Voltando-lhe a carinha contra a luz
E contra aquele amor sem casamento,
Pegou-lhe ao colo e acrescentou: - Jesus,
São horas…

E abalaram pró convento.

Augusto Gil


Máquina do Mundo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.

Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

António Gedeão

sexta-feira, 13 de junho de 2008

De mãos dadas


Lindos!!!!!
Quando é preciso, dá-se uma mão...
Quando o não é... dão-se as duas!...