segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Horário do fim

morre-se nada
quando chega a vez

é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos

morre-se de tudo
quando não é o justo momento

e não é nunca
esse momento

Mia Couto (Fevereiro 1984)

2 comentários:

mimika disse...

Poema que vem ao encontro do momento que vivemos. Os sentimentos agudizam-se e a revolta fere ainda mais nestes dias.

mimika disse...

Copiei este poema para o meu blog. Tão simples e ao mesmo tempo tão profundo.

beijinhos