quarta-feira, 30 de abril de 2008

Choro...

Choro...
Penso...Eu não mereço...
Não sei se falas sério...
Não consigo imaginar-te,
Não consigo saber que mal eu fiz, se fiz, e por isso
Choro...
Choro, porque me sinto triste, desprotegida
Sinto que não sou nada,
Deste lado sozinha
Deste lado humilhada!
Choro...Com razão?
Não sei, não sei que de mal eu fiz
e se o fiz que intenção teria?!
Magoar-te?! Não!...
Choro...
Chorei a noite toda...
Com razão, sem razão?!...
Perdão!

Sei de um rio - Camané

Dedicado à minha amiga Paula, ela merece...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Dia Mundial da Dança - II

Estilo livre...

Yoh!...Yoh!...
Num espectáculo em privado.

Dia Mundial da Dança

A dança do Amor?...
Da beleza, sem dúvida.

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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Passam os dias...

Passam os dias, iguais, sempre a correr
Trazem saudades, acrescentos de nostalgia
Que se não é a luz, não há noite, não há dia
Pergunto-me se é assim o viver!

Mas também quem se importa?
Das tristezas, dos olhares que andam parados,
"Todos somos um pouco mal amados
e também ninguém bate à minha porta..."

Penosamente vai a vida por mim passando
Os sonhos dos meus sonhos, vão gelando
Ao som destes passos sem idade.

Mas se um dia encontrar um novo olhar,
Contrita...Sem lembrança hei-de perguntar,
"Onde ficou a mocidade?!..."



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Parece tudo calmo...

Parece tudo calmo a esta hora
Só minh'alma não tem sossego...
Por entre campos desterrados
Descalça na vida vou ficando...

Não olhes para trás ó flor doirada
Que dos meus olhos caem espinhos
Figuram sementes embriagadas,
Que secam e ficam pelo caminhos...

São meus olhos uma triste risada
Desalento, piedade, o esquecimento
São vozes ao vento que perduram
Caminhos furtados na ânsia de viver.

Lembra-te de mim a esta hora
Quado a luz se desvanece,
Que caio por terra ao reencontro
Do princípio da dor que me adormece.

domingo, 27 de abril de 2008

Bebido o luar

Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.

Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.

Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.

Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 25 de abril de 2008

E depois do Adeus- Paulo de Carvalho




Esta foi a canção que passou às 22H55,véspera do "Dia D", nos Emissores Associados de Lisboa.
O primeiro sinal, que desencadeou a tomada de posições, pelos golpistas, da primeira fase do golpe de estado.

O segundo sinal, foi dado quando, às 0h20m, se fez ouvir na rádio, pela Rádio Renascença, a canção "Grândola Vila Morena" de José Afonso, e que confirmava o golpe e marcava o início das operações.

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Lindos!

É uma alegria, quando os dois se juntam, é só beijinhos para cá, beijinhos para lá.
Quero dizer...também há birras e gritaria, mas também faz parte da alegria.
Tão bom! Sabem tão bem estas visitas...

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Renascer!

Tinha-me esquecido que sou gente
De tão triste que andava a deambular
Perdoai quem não vi à minha frente
Mas meus olhos estavam cegos de chorar...

Estava perdida, presa aos sentimentos
Que me sufocavam e me impediam de viver
Desses teus gestos rebentos ciumentos
Meu corpo trémulo, cansado de sofrer.

Foram águas de vida as que me deste
Depois da doce frescura que me roubaste.
Viajo agora sozinha mas sem medo
Tuas palavras são o raiar do meu segredo...

Anseio agora a cada dia, ao acordar
Pela fonte da vida tamanho encanto
Pudera ficar sempre feliz só por te amar
Nesses teus braços fortes em que descanso...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Mariza- Ó gente da minha terra



Eu tenho este DVD, o original, claro, e por estar a vê-lo/ouvi-lo, lembrei-me de partilhar convosco este momento que é simplesmente de arrepiar...Emociono-me sempre, e já lá vão umas dezenas, quase que me atreveria a dizer centenas, de vezes que ouvi esta musica, já antes, também, em CD. Sou fã da Mariza, também o sou da Amália.
Lindo!!! Lindo!!! Vale a pena ver até ao fim.
E para quem gosta, fica, também, aqui a letra:

É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra

Sempre que se ouve um gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi

E pareceria ternura
Se eu me deixasse embalar
Era maior a amargura
Menos triste o meu cantar

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi

Amália Rodrigues/Tiago Machado

terça-feira, 22 de abril de 2008

Com outro olhar

Foram caminhos que percorri...
Não olhei, não vi...
Agora, me espanto, olho com atenção
Ai, magoado coração...
Perdão!...

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A Vida tem destas coisas...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Esquecer, p'ra não esperar

Tenho da minha memória quase apagado
A lembrança do teu rosto
Que por ti foi rasurado, pelo desgosto que me tens dado
Pela ausência do teu encosto.

Não tenho vida para andar sofrida,
Não quero mais esperar
Pela veloz de qualquer corrida
Pela alegria que pode vir florida
Pelo amor que não posso dar.

Estive quase liberta
Do meu sangue, bem meu querer
Mas meus sonhos me trouxeram desperta
P’ra toda a minha vida a porta aberta
Do teu silêncio o meu perecer.

Agarro-me, ainda, em cada dia,
Ao meu desejo que está por perto
Que da vida não tenho outro, que me traga o céu aberto.

Do gosto do teu encanto, recordo a vaga saudade
De caminhar sentir alento,
Fulgor de um sentido dentro, que me trazia vaidade.

Para quê me castigar, se não te voltas ao meu encontro
Acaso alguma vez pensei…
que caminhávamos em desencontro?!

Não temo agora em te esquecer,
Que da vida espero mais sinceridade
Daquela que trouxe alegria, fraqueza e nostalgia
Trouxe também sabedoria,
P´ra não esperar mais pela saudade!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Despedida

Tudo é vão nesta hora de despedida
Tão amargos são os pensamentos desleais
Que brigam e se soltam como sinais
E respondem ao luar "Que ando perdida".

Pudera ver-te como antes nos meus braços
Em que a vida passava a correr
Sustento que me ajudava a crescer
No poder que roubava dos teus abraços.

Ilusão que criei não suportada
Pelo desejo que rebenta no meu peito
A luz que se apaga de madrugada...

Ontem julguei-me capaz de ser forte
Suportar a ausência desse teu jeito
Q'uão enganada estava...nesta minha sorte!...

Tarde de mais


Lágrimas que correm, e não sei porquê!...
Talvez carreguem a lembrança
De uma noite, clara, muda, que se perdeu
Como um sorriso terno dado em segredo...

Ouvem-se os sinos, ao longe, num lamento
Quebram o silêncio do pensamento que voa,
Parece que adivinharam que minh'alma morreu!
Realidade oculta, eterna companhia...

Não sabes tu que já não vivo!
Não sabes tu quanta ilusão criei...
O quanto te procurava... Agora eu sei...

Só me resta o desalento,
Nesta corrida contra o tempo
Chegas-te tarde demais!...

Serra da Estrela-2002

Este é um pequenino recanto de uma paisagem lindíssima que a serra nos proporciona.
Toda ela uma beleza única.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sozinha não te encontro

Anda longe meu coração perdido.
Perdido a vaguear sem acento onde pousar, sem poder para o descobrir.
E neste caminhar caminho contigo, só não te reconheço, vejo-te mas não sei quem és….
Quero-te descobrir…
Mas nesta vida de desassossego, tenho medo de não te encontrar, e caminhar…
Caminhar e me perder, neste ritmo acelerado onde tudo passa a correr, só eu não sei viver!
Goza comigo esta solidão, esta paixão pelo não ser, esquecer, deixar e morrer… porque nesse estado onde vives não te consigo encontrar.
Fecha os olhos que me encontrarás, no silêncio na terra de paz…pois meu coração anda inquieto.
Envolto na nuvem do segredo, do túnel escuro do medo sairás… e então saberei quem és!
Leva-me contigo desta solidão que me sufoca, que me incendeia e me põe quase louca!
Mas, se não for essa a tua vontade, então deixa-me ficar, neste caminho a vaguear, que já tomei como meu.
Sozinha, eu me mereço, nesta vida sem apreço, vivi um sonho que não era meu.

Meu Jardim




Ao meu anjinho

Dormiu em sossego...
Que bom, mas tão triste fico, não pergunta por mim...
Será assim tão fácil, meu anjinho?
Fica meu coração magoado, angustiado desse teu jeito,
Será para mim um direito, fraqueza ou mais solidão,
É pequenino, ainda não sabe...

Deitei-me, apertei-o, senti-o meu de novo e
Atrevi-me a perguntar, não sei se a idade o permitia...
- Sentiste falta da mamã?!
Meu coração disparou, porque o fiz, não queria, ou queria, mas será que entenderia?...
A pergunta a resposta, era demais doloroso... a espera...
- Dormi na tua almofada, e adormecia a pensar que estavas aqui, ao pé de mim.
Chorei...

terça-feira, 15 de abril de 2008

Lugares da minha infância

Lugares da minha infância
Recantos da minha calma
Onde vos vou encontrar?
Olho devagar...Tenho medo...

Procuro a fonte da vida
Que ando perdida.
Quero encontrar a raiz do meu ser,
Quero amanhecer...Não sou ninguém...

Recordo com emoção imagens que não esquecem
E não me sinto tão sozinha,
Mas penso..."Não sei se mereço".

Olho devagar...Tenho medo...
Medo de reconhecer em ti...em lugares que não vivi,
O grito do meu sossego!...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Frase do dia

"A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável."
(Kathleen Norris)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Porque choras?

Menino, porque choras tu?
Tua mãe está distante, alma de viajante?
Posso eu dar-te a mão, não sei, talvez não...
Não te quero assustar, meu lindo menino a soluçar!

Sorri, vá, não custa nada...
Estás tão triste, tens tudo ou não tens nada?
Diz qualquer coisa, que me angustia o teu desgosto
Teu rosto em sofrimento... amor seria teu sustento?!

Podia levar-te comigo, e depois...
Seríamos dois... a chorar? Acaso és de alguém?!
Como podes ser de ninguém?! Como podes estar ao abandono?!

Levo-te comigo, está decidido...
Onde há amor, há calor, há carinho, há fermento...
Nem que seja por um momento, velarei pelo teu sono.

domingo, 6 de abril de 2008

Desejos Vãos

Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão é ate da morte!

Mas o mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos céus, os braços, como um crente!

E o sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as pedras... essas... pisá-as toda a gente!...

Florbela Espanca - Fanatismo

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Nascente

Se pudesse lá voltar...

Mais 10 minutos à espera...

Há quem sofra mais que eu, bem sei… ou não sei…, também não quero saber razões terão, mas o sofrimento que sinto, esse é meu e é meu, e por isso sofro mais que ninguém.
Tenho minha vida neste impasse, penso, nos outros, em mim e em todos os que sofrem por mim. Não os quero ver sofrer, porque esse, também, conheço-o bem.
E então tento evitar, melhorar o que não tem melhoras…
Esconder, o que sinto e viver sem coração.
Sofro, sozinha e calada, porque por toda a gente sofrer que razão tem meu viver, nesta vida tão desgastada.

Mais 15 minutos de espera...

Vivo escondida, dos olhares do meu desgosto… para quê saberem da minha solidão, da minha angústia, da minha desilusão?...
Assim vou andando, enganando e enganada, nesta vida a descoberto, minha cara destapada.
Coitada! Não, não quero!
E assim tenho afogado meus sentimentos sem sabor, sem paixão, sem Amor!
Temo eu que, de tanto esconder, acabar por esquecer, e esquecer o esquecimento, a razão do meu sofrimento e viver no nada, sem presente, sem passado, sem razão do meu fingir e fugir… do nada…

15 minutos à espera...

Sinto o meu coração vazio, vazio e desassossegado, nesta vida que levo, o amor já não desperta.
Penso que posso voltar ao amor do antes, do antes do esquecimento…
Mas mesmo agora, neste momento que passa, que não passa, não tem melhoras.
Sinto o meu coração vazio, mas ao mesmo tempo uma paixão que me consome este ser em que tornei.
A vida não a posso negar!...
E estes abutres da paixão a rodar, a rodar… não quero!