segunda-feira, 21 de abril de 2008

Esquecer, p'ra não esperar

Tenho da minha memória quase apagado
A lembrança do teu rosto
Que por ti foi rasurado, pelo desgosto que me tens dado
Pela ausência do teu encosto.

Não tenho vida para andar sofrida,
Não quero mais esperar
Pela veloz de qualquer corrida
Pela alegria que pode vir florida
Pelo amor que não posso dar.

Estive quase liberta
Do meu sangue, bem meu querer
Mas meus sonhos me trouxeram desperta
P’ra toda a minha vida a porta aberta
Do teu silêncio o meu perecer.

Agarro-me, ainda, em cada dia,
Ao meu desejo que está por perto
Que da vida não tenho outro, que me traga o céu aberto.

Do gosto do teu encanto, recordo a vaga saudade
De caminhar sentir alento,
Fulgor de um sentido dentro, que me trazia vaidade.

Para quê me castigar, se não te voltas ao meu encontro
Acaso alguma vez pensei…
que caminhávamos em desencontro?!

Não temo agora em te esquecer,
Que da vida espero mais sinceridade
Daquela que trouxe alegria, fraqueza e nostalgia
Trouxe também sabedoria,
P´ra não esperar mais pela saudade!

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