quinta-feira, 15 de julho de 2010


"Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso."
(Clarice Lispector)

devagarinho...

Vou morrendo aos pedaços, abraços findos por interlúdio desleal.
É meu sinal, meu sossego e sem mim, sou assim.
Solta, revolta, vazia…
Culpada de nada e ninguém, além, tudo é triste
Peso que sou na vida, que vida sem amor
Sou terror sem sorte
Pavor da morte também, por vezes o desdém.
Calo-me!
Falo sem pensar, penso demais, solta-se um grito aflito, mas ninguém o ouve.
Quem soube?
Fui eu que perdi
Adormeci…
Sinto-me cansada!
Apetece-me fazer tudo e não fazer nada…
Sorte a minha!…
Infundada?!...talvez!
Quebrada…palhaça da vida, desgostada e assim vou morrendo…, por dentro já pouco resta, não presta, tanto rancor, sem sabor, bem o sei…