quinta-feira, 29 de maio de 2008

No meu olhar...

No meu olhar a tristeza carregada
Do sonho envolto no sofrimento
Da palavra que bem longe está fechada
Da revolta que me trás em movimento

Aquela brisa de ar puro está coberta
Pela dor que me esconde, em tuas mãos
Não sei se volte ao lugar que me desperta
Não sei se fique nesta fuga à minha paixão.

E cada vez são mais as incertezas
Que a razão esconde ao meu passar
A verdade é fonte das minhas tristezas
E a sorte só é digna de quem a alcançar...

Vou percorrendo as ruas sem saber
Automatizados estão os meus actos sem o lembrar
Trouxe comigo a vontade de te esquecer,
Trago comigo, a saudade do teu olhar!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Vinicius de Moraes

Basta dizer, basta!



É preciso parar para pensar, é preciso sobretudo pensar...
E dizer Basta!
Pelo direito a ser gente...

domingo, 25 de maio de 2008

Agradecimento

Por vezes, sinto uma nostalgia...
Sinto uma grande perda de tempo, o que passo aqui, mas depois... vou até ao início do blog, vejo todos os textos/poemas?!, as mensagens que me deixam;
leio, releio, e é tão bom dizer:
- Que bom ter-vos por cá, neste meu cantinho.
Não imaginam como é importante para mim...poder partilhar com alguém, poder agradecer-vos.
Para todos os que me visitam, mesmo aos que não deixam comentários, um muito obrigada.

Lua de Maio

Cabe-te a ti ó Lua Nova
Que por trás destes lugares
Ilumines a boa gente
Que sofre ao começar...

Vela por eles, não tenhas pressa
Que os sonhos atrás virão
Não têm ainda a quem pedir
O suor, p'ra ter perdão

Abre os horizontes a quem lhe escapa
A beleza da dor sentida
Que há vozes que os mata
Quando em teu Quarto estás escondida.

Se me ouves, digo ainda...
Não te escondas ao meu olhar
Que do pouco que mereça
Ao teu perdão, meu soluçar...

sábado, 24 de maio de 2008

Travessia

Solto o meu cabelo ao vento!
Sob um céu que me aparece radioso
Que outrora me parecia sustento
O sonho que desfaço doloroso...

Sinto o brilho no teu olhar gritando
Que passa pelo meu corpo e me conforta
Queria beijar esta luz que vai passando
A água que apaga a chama... Mas que importa?!...

Tenho a beleza da travessia a meu favor
Vejo ao longe a gaivota a pairar
Sob o céu imenso, que é uma gota do meu mar!

Levo comigo o recado deste amor
Vai despido de adornos, não tem porquê
De tão grande..."só um cego é que não vê"!...

Um olhar pela Serra...

Tróia à vista!...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Criança de mim

Sou criança sem amor, sem pecado, sem paixão
Aos olhos de outros sou vaidade, sou carinho com vontade
Sou caminho em solidão…
Quem me conhece diz que sou lágrimas de saudade…

E quem sabe, sou razão por conhecer!
Sou vontade de viver, sou paixão que não desenvolve
Sou percurso que não avança, no meu rosto de criança
Sou liberdade que absorve…

Deu-me Deus esta vontade, esta paixão inquieta
Porquê se sou lágrima aberta
Sou rio sem cessar, palavras que me sossegam, sem juiz para discordar!
Quem gosta da luz que me enaltece?!

Quem sabe do luar que me persegue…
Quem sabe do sol que me pode libertar?!
Vem a mim, criança de mim, que só tu me sabes amar!

Desilusão

Pelos caminhos, arrastando a asa
A desilusão apodera a mente
Nada resta...Nem sonhos, nem casa...
Pára! Volta atrás?!... Vai em frente?!...

Quem pode adivinhar, a certeza de um olhar
Um nome me bastaria
De repente sinto frio, a casa gelada, a cama vazia
Pára! Volta atrás?!...Vai em frente?!...

domingo, 18 de maio de 2008

Esqueço-me por vezes quem eu sou...

Esqueço-me por vezes quem eu sou
E permito-me viver o que não é meu
Sentir o prazer de não ser eu
Escolher o momento, esquecer o que passou...

Por vezes é difícil... Não quero voltar!
Quero beber-te, passar-te comigo
Esconder-te num abrigo
E amar-te, e ser eu!...

Mas tudo passa e tem que passar!
Não posso ocultar a verdade de mim
Tenho que saber que chegou o fim!
Mas que nada me impeça de te poder amar!

Sim... sou eu que escrevo,
Louca não estou...
Uma certeza te devo,
A verdade ficou!...

Mas se algum dia me encontrares em desespero,
Cala-me com beijos este lamento
Fecha-me os olhos e por um momento...
Faz-me esquecer quem eu sou!...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Meravigliosa Itália!

La mia bella amica!
Tutto perfetto...
Grazie.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Treze aos treze...

São treze…
Treze anos de ternura e encanto
Treze anos volvidos de sorte e desdita
E para quem não aprendeu a dar
Sabes demais amar, partilhar,
Sabes demais também o poder! E com ele viver!...
Qual criança adormecida pela vida, fê-la crescida, há quase tantos anos como estes…
São treze…
Sempre grande em dimensão, em altura, mas também sempre à altura em amor e conhecimento
e também em tudo e nada ao mesmo tempo.
Criança foste sem o saber…

A vida obrigou-te a crescer depressa demais,
Poucos ais, poucos ais…
Foste um homem em compostura, em sabedoria, pelo sofrimento e amargura de tantos dias, sem alegria.
Mas sempre soubeste o teu lugar!
E as poucas birras que fizeste, alguém, que as conteste?!
Criança foste sem o saber…

És especial, bem o sabes e, desse teu conhecimento, também, soubeste aproveitar…enquanto menino sem par…
Cresceste sem dizer nada, e, agora, que te sinto fugir, fazes tu de mim, menina a sorrir…
Sabe tão bem quando me aconchegas, o poder dos teus abraços são como um sôfrego respirar do sentimento comedido, destes anos passados sem o viver!
Criança que foste sem o saber…

Cedo soubeste o teu querer,
Cedo soubeste o teu valor, quem te tinha amor, e quem em ti podia viver!...
Poupar é o teu lema, sempre foi desde criança pequena…
Porquê, para quê tal atitude?! Virtude?! Poder?! Ou sabedoria?!
Quererás tu comprar a felicidade?!
Quererás tu comprar a eternidade?!
Quem sabe?! Um dia, te pode valer…
Criança que foste sem o saber…

Tanto que fica por dizer...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Na hora do Adeus...


Para quem teve a coragem de subir a pirâmide de Kukulcán (já postada e a mais conhecida), ficam aqui duas imagens dignas de registo, uma verdadeira recompensa pelo esforço...
Na primeira pode ver-se a Praça das Mil Colunas, na segunda, ao fundo, o Campo de Jogos dos Prisioneiros.

Toda a cidade, Chichén Itzá, prima pela sua história...

Com este "sobrevoar", fica o adeus...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Meu amor...

Tantas vezes tenho pensado
Qual será o meu pecado
De amar-te tão forte assim
Que meus olhos andam cansados
Pela vida atormentados
Meu amor, pobre de mim...

Se estás longe, eu longe estou
E em toda a parte que vou
Não estás livre do meu pensar.
Agarro-me com fervor ao momento
Em que eu era mais leve que o vento
Meu amor, deixa-me voar!

Desta vida ando cansada e
cada vez mais magoada
Sem vontade de sorrir.
Passa por mim a tristeza
Leva com ela a certeza
Meu amor, o que há-de vir...

Peço a Deus a cada dia
À luz divina que me ilumina
Que não me prenda na ilusão.
Se acaso não merecer
Teu sabor, teu bem querer
Meu amor, peço-te perdão!...

domingo, 11 de maio de 2008

Noites geladas...

Sombras perdidas
Sombras encontradas
Noites esquecidas
Noites geladas.

Pássaros que cantam
Aqui e agora,
Pensamentos que fogem
Nos navios de outrora.

Busca o silêncio
Procura o destino
Sente o coração
O sonho de menino.

Goza da paz
Do sofrimento do momento
Noites geladas,
Vazio ou esquecimento...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Estou feliz!

Até receio, estranho dizer, estou feliz!
Há tanto tempo não o sentia, tal pensamento, no meu dia a dia,
que agora no meu caminho vem cruzando.
Sorrio, por coisa nenhuma, as vozes à mistura, vão-se tornando tuas.
E já não sozinha vou caminhando…
Estou feliz!
Digo novamente, sentimento que me agrada
Parece um conto de fada, de tão inocente brincadeira,
esquecido num livro qualquer,
de criança… não agora de mulher!
Por isso estranho, e vou dizer devagar
Pode ser assim, que o possa prolongar…
o momento, o pensamento, o sentimento,
Estou feliz!

Abrir um livro...

Pequenos registos de um dia tão cheio de tudo, tão especial...
Foi como abrir um livro, esquecido, numa página qualquer...

Também em GlamourSilencioso

A felicidade passou a correr...

A felicidade passou a correr
E esqueceu-se de dizer,
Não tens direito!

Agora... Louca que estou em te querer
Liberto todo o meu ser
Num sonho desfeito...

Saudades, não têm lugar
Neste vazio singular
De dor e alegria.

Mas... se tiveres que o murmurar
Ao vento, à luz, sem par
Acordo, é outro dia!...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Orquídeas de um jardim




À minha irmã Tn...
São lindas!

Quantas já murcharam,
quantas ainda estão por florir
As mais bonitas foram apanhadas,
com amor foram dadas, dois corações a sorrir...

É assim este jardim, que engrandece pela devoção
São flores de nobre linhagem
que enaltecem a paisagem
de tão grandiosa que é a paixão!...

voltarei...

Luar que andas perdido

Luar que andas perdido
Esquecido, piedoso ao relento
São tuas cores um enorme tormento
Irrevelados caminhos cruzados...

Agarra a minha mão, senta-me no teu regaço
Que a vida se perde, escurece e me afasto...
Porque não queres tu o romper da aurora?!
Agora...Sou tua refém, amar-te-ei como ninguém.

És razão, caminho celeste
Piedoso que andas, amor que me deste.
Abre-me os teus braços
P'ra poder sentir a tua harmonia...

Alegria da minha ilusão
Sente o meu coração
Deixa-me rejuvenescer,
Aquecer, perder a razão.

Mostra-me no teu silêncio, o teu poder
Que a noite é breve...
E breve é o meu viver!...

domingo, 4 de maio de 2008

Dia da mãe- ainda a tempo...


É sempre tempo quando é para, nos darem miminhos, dizerem que gostam de nós, que somos lindas (eles lá sabem)...
E o meu filho, soube-o na perfeição...
Admirei a sua capacidade de guardar segredo, que logo na quinta feira, quando trouxe a prenda, queria dar-ma, mostrar-ma, pelo menos!... E eu tive espreitar, claro, ele insistia...
Disse-lhe que era só domingo.
Achou que ainda faltava muito tempo...Como o compreendo!
Depois, ficou melhor quando me mostrou onde a tinha guardado...

Hoje quando me a ofereceu, senti-me orgulhosa, no mínimo!...
Dentro do saco, além do postal, trazia um porta moedas... Sem moedas claro... mas que ele fez questão de o presentear, com as pouco que tinha.

Adoro estes gestos!!! Ele é de fácil partilha.
O dinheiro pode comprar muita coisa! Mas não a felicidade!
Acho mesmo que, apesar da sua idade, essa mensagem já compreendeu.
Achou que eu seria mais feliz ao oferecer-me uma carteira com dinheiro, se era essa a sua função?!
Amo-o acima de tudo!
Penso que todas as mães me compreenderão, até a minha.
Que a sinto na minha vida em toda a sua plenitude de Mãe e à qual agradeço...

sábado, 3 de maio de 2008

A noite desce...

A noite desce, sozinha flutua
Reacende a doce ansiedade selvagem
Digo ao silêncio, à escuridão que serei tua
Fico à espera dessa ardente miragem.

Procuro o luar no tempo que já passou
À luz da saudade que me foi roubada
Engano o destino, o sol que me amou
Para acolher a tua cama gelada!

Peço à vida mais do que me pode dar
A noite é o rastilho da minha dor
Um rio de coragem cega, onde não posso naufragar!

Tantas fantasias que agora se desvanecem
Quando o clarão se abre em explendor
E atrás...fica a noite que me adormece!

Golfinhos- Mx

Lindos, lindos!!!


sexta-feira, 2 de maio de 2008

Tão clara paz que me envolves

Tão clara paz que me envolves
Tão intensa vontade de viver
Sentidos que estão despertos
Ruas que se cruzam p'ra te ver.

Voz que me ouves, sinto o perdão
Pecado de mim, a luz da manhã
Longe que ando a procurar-te
Na minha sede que trago sã.

São sabores que não esqueço
O lume brando que queima naquela hora
O abandono aos pés de alguém...não mereço!...

Quero o instante que me fugiu
O rebento do antes que me floriu
Para poder esquecer-te depois...

quinta-feira, 1 de maio de 2008