Lugares da minha infância
Recantos da minha calma
Onde vos vou encontrar?
Olho devagar...Tenho medo...
Procuro a fonte da vida
Que ando perdida.
Quero encontrar a raiz do meu ser,
Quero amanhecer...Não sou ninguém...
Recordo com emoção imagens que não esquecem
E não me sinto tão sozinha,
Mas penso..."Não sei se mereço".
Olho devagar...Tenho medo...
Medo de reconhecer em ti...em lugares que não vivi,
O grito do meu sossego!...
2 comentários:
Uma parte de nós cresce, trabalha, casa, dá filhos ao mundo, divorcia, ama outra vez...
Outra parte não quer sair de lá, daquelas tardes em que subíamos o pinhal depois das 3 da tarde e brincávamos tanto, tanto que os dias pareciam gigantes.
Tardes de saltar ao elástico, de jogo da mata, de “cirumba” (nem sei se é assim que se escreve), de esconde-esconde, de saltar ao carneiro... cheirava tanto a primavera e verão.
Mais tarde era o rio, a bicicleta... tb muito trabalho.
Mas acredites ou não, acho que o trabalho foi muito importante.
Foi duro sim... mas o cheiro da erva, aquele azul todo do céu...
Agora trabalho sentada mas nem luz do dia tenho.
Ao sábado até me custa andar na rua, a claridade fere-me os olhos.
Queira Deus que não me afecte tb interiormente!!
Mas ao fim de 11 anos até a alma já tem dificuldade de ver na luz natural.
Uma "finta" para ti.
Paula
Eu consigo, agora, encontrar alguns recantos da infância que pareciam perdidos. Recordo alguns cheiros, risos, inocências e sabe-me tão bem.
Infelizmente, a infância não se consegue viver na sua plenitude porque as crianças crescem e são obrigadas a endurecer e a perder alguma da sua infantilidade, mas é possível recuperar algumas coisas...é possível hoje...ouvir gargalhadas, oferecer sorrisos e palavras doces.
Bj
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