quarta-feira, 16 de abril de 2008

Ao meu anjinho

Dormiu em sossego...
Que bom, mas tão triste fico, não pergunta por mim...
Será assim tão fácil, meu anjinho?
Fica meu coração magoado, angustiado desse teu jeito,
Será para mim um direito, fraqueza ou mais solidão,
É pequenino, ainda não sabe...

Deitei-me, apertei-o, senti-o meu de novo e
Atrevi-me a perguntar, não sei se a idade o permitia...
- Sentiste falta da mamã?!
Meu coração disparou, porque o fiz, não queria, ou queria, mas será que entenderia?...
A pergunta a resposta, era demais doloroso... a espera...
- Dormi na tua almofada, e adormecia a pensar que estavas aqui, ao pé de mim.
Chorei...

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu não posso chorar, pq estou no trabalho.
Mas tenho os olhos rasos...
Lembrei-me do meu, do meu filho.
Dentro de meia hora chega a casa e eu não estou...
Não estou eu nem a avó que o recebia de braços abertos.
Lá vai chutando a bola à espera que chegue a mãe ou a tia, pq o pai, esse, ainda mais tarde chega.
E agora ao ler-te, lembrei-me do cheiro a pó misturado com suor com que me presenteia quando chego... Ou do cheiro a lavadinho, depois do banho quando adormece agarrado a mim, quase sempre...

Há muitas teorias sobre esta questão da hora da caminha.
Só, ou acompanhado?
Para mim só há uma resposta: Sempre que posso, acompanhado.
Egoísmo, admito!
Mas é quando me compenso a mim própria, pelas ausências.

No outro dia ele dizia que é quando eu estou melhor com ele, abraçados a ler uma história e sem ralhar. Ele lá sabe o que diz.

E o teu anjinho, aposto que na inocência da sua pequenez dormiria melhor, ainda, agarradinho à mamã. Com o teu cheiro a transmitir-lhe uma tranquilidade que só tu és capaz dar-lhe (por muito bem que todos lhe queiram)... com um cheiro a mãe que lhe está para sempre colado às narinas, à pele, ao coração.

Beijos de mãe para mãe.
Paula