sábado, 15 de março de 2008

Pecado perdido

Levanto-me todos os dias já cansada
Sem motivos ou razão para frescura
Que até os sonhos me acordam de madrugada
Lembranças tristes de momentos de ternura.

Não tenho vontade de viver assim perdida
Saio na noite a procurar não sei o quê
Sou indiferente a toda a gente, a desconhecida
Passo pelo mundo, por ti e ninguém me vê.

Sou a sombra de um passado já vencido
A luz que apagou num fulgor enraivecido
No desgosto de ter vivido sem o saber...

E ao som deste silêncio magoado,
Choro a tristeza ao ter perdido o meu pecado
Aquele Alguém que nesta vida me soube ver!...
(21-01-2000)

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