segunda-feira, 17 de março de 2008

Fugir

Colho para ti o que plantei
Dar-te-ia o meu sustento
Rio de mágoas sumarento
Das lágrimas que aqui deixei.

São teus olhos, lugar sagrado
Que abastecem os meus sentidos
De entre sonhos destemidos
Ao abismo me tens guiado.

Fujo agora devagarinho
Que me prendem os sentimentos
Para trás ficam tormentos
Paz inquieta no teu caminho.

Abro os braços, para logo os fechar
Vazios, como os esperava...
Aos outros a quem amava
Cansei...de procurar!...
(24-12-1999)

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