Desajeitada percorro o teu corpo no silêncio,
e enquanto me sufoco de prazer
alucino em desespero.
só a escuridão me conhece.
meu corpo. nu.
avassalador e ermo, pesado, mal amado
vagueia o pensamento
e por dentro tudo acalma
rejeito ser prisioneira.
neste buraco negro,
cada vez mais fundo, a cada dia
a melancolia, voraz, insana
hei-se deixar-te um dia
nesse dia serei eu.
Sem comentários:
Enviar um comentário